A Vocação eficaz
Na cidade de Filipos, reunidos junto ao rio,
realizavam os discípulos do Senhor uma reunião de oração. Várias mulheres
escutavam a palavra que era pregada, mas o Senhor abriu o coração de uma –
Lídia - para “atender às coisas que Paulo dizia” (Atos 16.11-15). A Bíblia de
Genebra diz sobre esta parte da Bíblia que “iluminação e persuasão divinas são
necessárias para que o coração cego pelo pecado responda ao evangelho”.
A
revelação de Deus sempre se fez presente, seja a revelação natural, seja a
revelação especial. Entendemos, então, porque alguns ouvem e se interessam pelo
Senhor e outros não dão crédito, quando paramos para pensar sobre o ensino da
vocação eficaz.
O
texto de Atos 13.44-49 apresenta a fala dos apóstolos Paulo e Barnabé, que
diziam aos judeus que primeiro a palavra deveria ser pregada a eles, mas,
porque houve rejeição, a palavra foi então dirigida aos gentios. O texto fala,
ainda, que os gentios que creram não creram por vontade própria.
A vocação é eficaz:
1) Porque Deus determina. Entrar no estado de
graça não deve ser confundido com entrar para a Igreja. Os que são chamados
pelo ministério da palavra, não se chegando nunca a Cristo, ainda que vivam na
retidão não podem ser salvos. Somente os vocacionados por determinação de Deus
serão salvos. Isto vale, inclusive, para a criança.
2) Porque Jesus realiza. “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11.28-29). Este
texto é suficiente para demonstrar o trabalho de Cristo chamando e tirando o
pecador da sua triste condição espiritual.
3) Porque o
Espírito Aplica. O entender que se está sendo chamado por Deus não está
ligado à eloquência do pregador nem ao entusiasmo com que apresentam os
louvores a Deus, mas à ação do Espírito de Deus, que convence do pecado, da
justiça e do juízo. É o espírito Santo operando com a palavra, com o louvor.
A
vocação eficaz nos mostra que não
depende do homem sair do estado de pecado para o estado de graça, mas única e
exclusivamente de Deus.
Rev. Mário Lopes
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